CFAE MarcoCinfães é notícia nos media
O CFAE MarcoCinfães foi notícia no Jornal A Verdade. Abaixo encontra um excerto da notícia.
Sediado na Escola Secundária de Marco de Canaveses, o Centro de Formação de Associação de Escolas de Marco de Canaveses e Cinfães (CFAE MarcoCinfães) é uma entidade do Ministério da Educação que tem a seu cargo a formação contínua e o desenvolvimento profissional do pessoal docente e não docente de todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas dos concelhos de Marco de Canaveses e de Cinfães. No total, são cerca de 1.130 docentes e 410 não docentes envolvidos no projeto criado em 2008, ano em que se deu a fusão dos centros de formação de professores de Marco de Canaveses e de Cinfães.
À semelhança de tantos outros, o CFAE MarcoCinfães encerrou as sessões presenciais de formação devido à pandemia da COVID-19, no caso a 9 de março. O encerramento ao público aconteceu a 16 de março, tendo as sessões de formação na modalidade à distância sido retomadas a 26 do mesmo mês. A partir de abril, ainda durante a pausa letiva da Páscoa, começaram a ser implementadas ações preparadas especificamente para a nova situação vivida nas escolas, com a maior parte do trabalho a ser desenvolvido através de plataformas digitais.
Elsa Correia (…) explicou ao Jornal A VERDADE que “os conteúdos destas ações foram alvo de adaptações, acordadas entre os formadores e a diretora do centro, de forma a dotar os formandos das competências necessárias à utilização de plataformas de ensino à distância”.
Entre abril e julho e 2020, o CFAE MarcoCinfães implementou 27 turmas da formação, todas em modalidade e-learning. O número total de formandos destas 27 turmas, em competências digitais, é de 494 e o número de formandos desde o início da pandemia e a interrupção das sessões presenciais é de 790, isto nos dois concelhos do CFAE MarcoCinfães. “Consideramos que, com um grande esforço de todos, com a colaboração das direções das escolas e dos excelentes formadores que o CFAE MarcoCinfães tem, conseguimos dar resposta às necessidades imediatas dos docentes nesta primeira fase de ensino à distância”, ajuizou.
A par do interesse por parte dos formandos, Elsa Correia deu também conta da determinação por parte dos professores em lecionar num contexto provocado pela pandemia. “Os professores foram confrontados com um desafio totalmente novo, em que estavam permanentemente em stress, não só pela situação sanitária que o país atravessava mas também pelo facto de terem de aprender em poucos dias coisas que, em circunstâncias normais, poderiam aprender num ano ou dois, de forma planeada (temos de nos lembrar que muitos não se sentem, de todo, à vontade com ferramentas digitais), as taxas de adesão às ações de formação neste período foram sempre elevadíssimas”, explicou.
De momento, o CFAE MarcoCinfães está a iniciar as últimas ações deste ano letivo e tem cerca de 100 docentes em lista de espera. “Para a semana abrem as inscrições para as turmas do início de setembro e sei que as vagas vão esgotar em dois ou três dias. Os professores deste território têm uma visão claríssima do tipo de formação de que necessitam e da importância que a formação contínua detém no seu desenvolvimento profissional e, consequentemente, na melhoria das suas práticas diárias e do sucesso que isso acarreta para os alunos e para as escolas”, afirmou.
Apesar do CFAE ter acesso “apenas aos dados trabalhados nas ações de formação sobre as temáticas acima referidas” e de esses dados “ainda não estarem todos trabalhados”, Elsa Correia acredita que os professores tiveram uma adaptação “muito fácil” na inclusão do “digital nas suas práticas diárias, não só como instrumento mas também como abordagem”. A nível de formação contínua e com base nos dados de avaliação já recolhidos e tratados, Elsa Correia não dúvidas: “a adaptação foi excelente. (…) Temos a nosso favor o facto de trabalharmos com formadores já muito experientes a nível de formação em regime de e-learning, com formandos muito recetivos a formação e com escolas e agrupamentos de escolas cujos Projetos Educativos atribuem à formação contínua de pessoal docente e não docente um papel de centralidade.”
(…) No que à formação contínua diz respeito, o grande desafio dos formadores passou por “darem resposta a turmas que incluem formandos do mesmo agrupamento, às vezes da mesma escola, mas com níveis de competências digitais completamente díspares. É necessário um formador dominar um vasto leque de competências e conhecimentos para trabalhar com este tipo de grupo e eu estou muito grata aos formadores que têm colaborado com o CAE MarcoCinfães pela forma tão empenhada e eficaz como têm vindo a fazê-lo”, elogiou a responsável.
Relativamente ao futuro, “independentemente daquilo que possa vir a ter de ser flexibilizado no próximo ano letivo”, o CFAE MarcoCinfães vai “apoiar as escolas e agrupamentos associados a todos os níveis”, tendo “o seu plano de formação preparado até maio de 2021: dele fazem parte ações que já constavam no plano inicial, aprovado há um ano, e ações que irão aprofundar todas as que estão a ser dadas na área de competências digitais para ensino online. Se estas primeiras tiveram como objetivo um bom domínio instrumental das ferramentas digitais por parte dos docentes, numa segunda fase o CFAE MarcoCinfães irá implementar formação na área da Avaliação e de metodologias mais adequadas ao ensino à distância, aliás, em consonância com o plano de transição digital que está a ser implementado pelo Governo, nomeadamente na área da Educação.”
Apesar da COVID-19 ter vindo a acelerar o processo, as ações de formação do CFAE MarcoCinfães “estão desenhadas para funcionar à distância podendo, se as circunstâncias o permitirem, incluir uma ou duas sessões presenciais”, algo que os responsáveis ponderavam já implementar devido à distância física entre as várias escolas e aos locais de origem dos docentes:
(…) Nos próximos meses, Elsa Correia e os restantes colaboradores vão continuar a “trabalhar em parceria com os municípios de Marco de Canaveses e de Cinfães, com a CIM do Tâmega e Sousa, com a Universidade do Minho, entidade responsável pelo acompanhamento e monitorização do Plano de Formação do CFAE MarcoCinfães, com o ISCE Douro e outras instituições de ensino superior e todos os restantes parceiros. Acima de tudo, continuaremos a trabalhar diariamente com as nove escolas e agrupamentos associados, os seus diretores e as suas diretoras os seus docentes e também todo o pessoal não docente”, disse Elsa, antes de referir o “grande objetivo” pelo qual se rege o CFAE MarcoCinfães. “Em regime presencial ou à distância, o grande objetivo do CFAE MarcoCinfães é, naturalmente, o desenvolvimento profissional de todos os seus associados tendo, mais do que nunca, presente que é necessário formar para a equidade e solidariedade.”
Veja as imagens de uma das 27 turmas e da plataforma utilizada