Desenvolvimento da Oralidade na aula de Línguas – T1
Contexto
O ensino das línguas à luz da abordagem comunicativa atribui, necessariamente, uma grande importância à comunicação nas suas vertentes escrita e oral. Contudo, verifica-se, por vezes, que as práticas de ensino da língua (materna e estrangeira) ainda revelam algumas marcas duma abordagem que privilegia o desenvolvimento das capacidades de leitura e escrita, relegando o desenvolvimento da oralidade para segundo plano. De facto, estamos convictos de que o trabalho na sala de aula deve consistir na realização de tarefas de ensino/aprendizagem/avaliação que permitam o desenvolvimento integrado, e equilibrado, das diferentes vertentes da competência de comunicação, bem como da competência de aprendizagem das línguas. Numa sociedade cada vez mais globalizada, torna-se imperioso criar condições para que os alunos se tornem cidadãos informados e interventivos, o que só será possível se forem capazes de participar, ativa e eficazmente, nas mais diversas situações de comunicação tanto na língua materna como em pelo menos uma ou duas línguas estrangeiras.
Objetivos a Atingir
- Promover a reflexão sobre conceções e práticas pedagógicas, por referência a uma visão emancipatória da educação e uma abordagem comunicativa no ensino/aprendizagem das línguas;
- Incentivar à adoção de uma atitude crítica e investigativa face às práticas, com vista à criação de condições favoráveis à diferenciação pedagógica e ao sucesso escolar e educativo;
- Consciencializar para a importância da dimensão processual da aprendizagem;
- Contribuir para a adoção de práticas que mobilizem as Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina e permitam desenvolver as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO);
- Proporcionar a análise e discussão de atividades de ensino/aprendizagem/avaliação da vertente oral da competência de comunicação, por referência ao Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, às AE e ao PASEO;
- Proporcionar a elaboração de um projeto didático com vista ao desenvolvimento integrado da vertente oral da competência de comunicação e da competência de aprendizagem.
Conteúdos da Ação
- Ensinar e aprender línguas – princípios pedagógicos e abordagens metodológicas (3 horas)
- A autonomia como objetivo curricular (PASEO) – implicações práticas (1 horas)
- Papéis pedagógicos e atividades de ensino/aprendizagem – análise de exemplos práticos (2 horas)
- A oralidade na aula de línguas:
- Competências de comunicação e aprendizagem (3 horas)
- A importância da interação oral na sala de aula – critérios de qualidade (2 horas)
- Abordagem do erro e desenvolvimento de competências (1)
- Compreensão oral – recursos, atividades e estratégias (3 horas)
- Produção oral – recursos, atividades e estratégias (3 horas)
- Apresentação, discussão e avaliação dos projetos didáticos realizados pelos formandos (7 horas)
Metodologias de Realização da Ação
Entendendo a oficina de formação como um contributo para o processo de (re)construção do conhecimento pedagógico e didático dos formandos, parte-se do pressuposto de que esse processo terá como ponto de partida a sua própria experiência profissional, procurando-se, assim, adotar uma abordagem coerente com a visão de educação que se pretende operacionalizar na sala de aula. Da reflexão conjunta, centrada nas conceções e práticas dos formandos, decorrerá a apresentação do suporte teórico necessário à fundamentação das práticas analisadas e à planificação de projetos de intervenção pedagógica, de acordo com os objetivos definidos. O trabalho presencial será realizado em alternância com trabalho autónomo, que consistirá na leitura de textos, análise e produção de materiais, e experimentação pedagógica. As duas últimas sessões presenciais serão dedicadas à apresentação, discussão e avaliação dos projetos desenvolvidos.
Critérios de Avaliação
Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas da ação.
- A avaliação dos formandos será contínua e participada por todos os intervenientes e assentará: na participação nas dinâmicas das sessões presenciais; nas tarefas desenvolvidas e na realização de um portfólio reflexivo individual, de acordo com os critérios previamente estabelecidos;
- A avaliação dos formandos é quantitativa e expressa numa escala de 1 a 10, com a correspondente menção qualitativa, conforme referencial constante da legislação em vigor e que a seguir se explicita:
- Excelente — de 9 a 10 valores;
- Muito Bom — de 8 a 8,9 valores;
- Bom — de 6,5 a 7,9 valores;
- Regular — de 5 a 6,4 valores;
- Insuficiente — de 1 a 4,9 valores.
Destinatários
Professores dos Grupos 120, 200, 210, 220, 300, 320, 330 e 350
Local
Sala virtual em plataforma a definir.
Modalidade
Oficina de Formação
Duração
25h + 25h
Horários
- 05 de janeiro: 18h30 – 21h30
- 12 de janeiro: 18h30 – 21h30
- 19 de janeiro: 18h30 – 21h30
- 26 de janeiro: 18h30 – 21h30
- 02 de fevereiro: 18h30-21h30
- 09 de fevereiro: 18h30-21h30
- 09 de março: 18h30-21h30
- 16 de março: 18h30-22h30
Formadores
Dra. Isabel Barbosa
Critérios de Seleção
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães que façam parte das Equipas Pedagógicas indicadas pelas respetivas Direções para frequentar esta ação como parte integrante dum projeto da escola/ agrupamento;
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães, por ordem de inscrição;
- Docentes de escolas/ agrupamentos não associados do CFAE MarcoCinfães que desempenhem funções de avaliadores externos neste Centro;
- Docentes doutras escolas/ agrupamentos.
Data Limite de Inscrição
30 de dezembro de 2020
Número de vagas limitado