Promover Comportamentos Positivos em Contexto Escolar
Enquadramento
A escola, enquanto espaço de socialização, aprendizagem e educação, constitui um contexto de excelência para o desenvolvimento de competências sociais e emocionais. No contexto nacional, o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória atribui saliência a essas competências no quadro das que os alunos precisam de desenvolver/aprender. É, também, na escola que tendem a ocorrer comportamentos de violência, conflitualidade e indisciplina, numa relação inversa ao desenvolvimento de competências positivas. Os professores são, portanto, agentes fundamentais não só na promoção da competência social e emocional dos alunos, uma vez que partilham longos períodos de tempo na escola com os alunos, mas são igualmente essenciais na redução de comportamentos de risco em contexto escolar e na implementação da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (Dec-Lei nº55/2018 de 6 de julho). A identificação de dimensões chave para a promoção de um clima de escola saudável e a implementação de medidas universais focadas no desenvolvimento socioemocional justificam a realização desta oficina de formação, para uma ação integrada e sustentada em contexto escolar.
Objetivos a Atingir
Promover uma visão integrada e sustentada do desenvolvimento socioemocional, enquanto facilitador de comportamentos prossociais e autorregulados e inibidor de percursos disruptivos. Especificamente, pretende-se:
- Aprofundar conhecimentos sobre o desenvolvimento dos comportamentos sociais e das emoções (conhecimento, expressão e regulação emocional) e da sua relação com os fenómenos de indisciplina e violência escolar;
- Desenvolver competências de comunicação, relacionamento interpessoal e gestão de conflitos;
- Reforçar uma atitude proativa na resolução de situações-problema e promocional do clima psicossocial da escola;
- Implementar estratégias de intervenção dirigidas à promoção do clima psicossocial da escola e à promoção do desenvolvimento socioemocional dos alunos;
- Criar recursos e metodologias para a implementação de uma estratégia duradoura de escola de Educação para a Cidadania.
Conteúdos da Ação
I- Introdução – apresentação de formadores e formandos. Levantamento de problemas identificados a nível das escolas e das salas de aulas. (2 horas)
II- Enquadramento teórico e normativo-legal
- Clima de escola, clima de sala de aula e competências socioemocionais (5 horas):
- Contextualização sócio histórica, política e legislativa;
- Contextualização teórica e científica:
- Conceitos: clima de escola, clima de sala de aula, competências socioemocionais;
- Modelos de enquadramento: Abordagem multinível (PBIS, modelo de promoção de comportamentos positivos);
- Preparação de instrumentos e técnicas a utilizar no trabalho não presencial em sala de aula;
- Apresentação e discussão dos resultados obtidos no trabalho não presencial; reformulação dos instrumentos e técnicas e registo no portfólio reflexivo individual (2 horas);
- O desenvolvimento socioemocional (5 horas):
- Competência social;
- Competência emocional;
- Promoção de competências socioemocionais em contexto escolar;
- O professor enquanto veículo e modelo do desenvolvimento socioemocional;
- Implicações para a prática organizacional e pedagógica;
- Organização dos grupos para o trabalho não presencial;
- Apresentação e discussão dos resultados obtidos no trabalho não presencial realizado em grupo e registo no portfólio reflexivo individual (2 horas);
- Indisciplina, bullying e violência escolar (5 horas)
- Definição e caracterização de indisciplina, bullying e violência escolar
- Tipologias associadas (alunos problemáticos; comportamentos problemáticos; níveis de indisciplina)
- Formas típicas de atuação
- Novas tendências para a intervenção
III- Conclusão e avaliação – Apresentação dos trabalhos de grupo, desenvolvidos na componente não presencial, sobre as temáticas escolhidas (3 horas);
Avaliação da ação pelos formandos (1 hora)
Metodologias de Realização da Ação
Presencial
As sessões serão desenvolvidas com base em exposição de conteúdos, debates entre os participantes e análise de situações concretas, quer propostas pelo formador, quer trazidas pelos próprios formandos. Serão, também, analisados projetos específicos que tenham na base os conteúdos teóricos trabalhados. Especificamente, a metodologia de trabalho é organizada da seguinte forma:
- Exposição teórica dos conteúdos, pretendendo-se assim desenvolver e tratar dos aspetos teóricos relacionados com a temática da ação;
- Debate sobre situações reais de reconhecida relevância pedagógica, relacionadas com as representações dos formandos;
- Envolvimento em atividades teórico-práticas tendentes à análise e elaboração de ações específicas;
- Reflexão conjunta sobre as práticas desenvolvidas na componente não presencial e estruturação da mesma.
Trabalho Autónomo
As tarefas de trabalho autónomo, relacionadas com a temática em análise, decorrerão das necessidades emergentes dos formandos (por exemplo, revisão/proposta de instrumentos de suporte, elaboração de instrumentos de monitorização, planificações de aulas/atividades, outros). As tarefas realizadas deverão corporizar um portfólio reflexivo/diário de bordo com evidência de impactos nas práticas organizacionais e pedagógicas. Os instrumentos produzidos de forma colaborativa passarão a constituir recurso das escolas de proveniência dos formandos e do CFAE, para partilha.
Critérios de Avaliação
Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais.
- A avaliação dos formandos será contínua e participada por todos os intervenientes e assentará: na participação nas dinâmicas das sessões presenciais; nas tarefas desenvolvidas e na realização de um portfólio reflexivo individual, de acordo com os critérios previamente estabelecidos;
- A avaliação dos formandos é quantitativa e expressa numa escala de 1 a 10, com a correspondente menção qualitativa, conforme referencial constante da legislação em vigor e que a seguir se explicita:
- Excelente — de 9 a 10 valores;
- Muito Bom — de 8 a 8,9 valores;
- Bom — de 6,5 a 7,9 valores;
- Regular — de 5 a 6,4 valores;
- Insuficiente — de 1 a 4,9 valores.
Destinatários
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário, de todas as Escolas do Concelho de Marco de Canaveses.
Local
Escola Secundária de Marco de Canaveses – Sala a designar
Modalidade
Oficina de Formação
Duração
25h + 25h
Horários
- 27 de janeiro: 17h30-20h30
- 3 de fevereiro: 17h30-20h30
- 10 de fevereiro: 17h30-20h30
- 17 de fevereiro: 17h30-20h30
- 2 de março: 17h30-20h30
- 9 de março: 17h30-20h30
- 11 de maio: 17h30-20h30
- 13 de julho: 17h00-21h00
Formadores
Doutora Joana Cruz (Coordenação)
Doutora Helena Azevedo
Critérios de Seleção
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães que façam parte das Equipas Pedagógicas indicadas pelas respetivas Direções para frequentar esta ação como parte integrante dum projeto da escola/ agrupamento;
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães, por ordem de inscrição;
- Docentes de escolas/ agrupamentos não associados do CFAE MarcoCinfães que desempenhem funções de avaliadores externos neste Centro;
- Docentes doutras escolas/ agrupamentos.
Data Limite de Inscrição
22 de janeiro de 2020
Número de vagas limitado