Resposta à Diversidade: Caminhos e Desafios da Educação Inclusiva – T5
Enquadramento
A legislação recente no âmbito da educação inclusiva (Dec-Lei nº54/2018 de 6 de julho) coloca desafios importantes às escolas e aos profissionais da educação que justificam o reforço da aproximação/articulação entre prática, formação e investigação. A operacionalização da Lei implica mudanças significativas ao nível da organização das medidas, dos serviços e das escolas, justificando-se o reforço da capacitação dos profissionais de educação na temática. Com efeito, esta oficina de formação está alinhada, por um lado, com as políticas nacionais e internacionais no âmbito da educação inclusiva e, por outro lado, com o atual plano integrado de formação desta entidade. Tendo por referência o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e a necessidade da Escola dar resposta às caraterísticas e anseios de todos os alunos e de cada um em particular, este CFAE inclui no seu plano formação que, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular em vigor permita aos docentes e às escolas construir as respostas educativas mais adequadas aos quadros concretos que se lhes apresentam.
Objetivos a Atingir
Promover uma visão integrada e holística sobre o contexto das políticas europeias e nacionais relativas à educação inclusiva e sobre de que forma estas podem apoiar, efetivamente, as comunidades educativas a criarem culturas, políticas e práticas promotoras do sucesso de todos e cada um dos alunos num quadro de maior equidade e justiça social. Especificamente, pretende-se:
- Discutir e apreciar criticamente modelos e práticas em contextos inclusivos;
- Descrever, analisar e apreciar práticas em contextos inclusivos potenciadoras do desenvolvimento e melhoria contínuas da capacidade das escolas para acolherem a diversidade;
- Potenciar alterações nas culturas organizacionais e nas práticas docentes (gestão curricular, gestão de sala de aula, avaliação pedagógica).
Conteúdos da Ação
I- Introdução – apresentação de formadores e formandos. Levantamento de práticas promotoras/inibidoras de inclusão a nível das escolas e das salas de aulas. (2 horas)
II- Enquadramento teórico e normativo-legal:
- Paradigmas, modelos e princípios para a educação inclusiva (8 horas)
- Da segregação à inclusão
- Da inclusão à educação inclusiva
- Novas tendências da educação inclusiva
- Modelos de enquadramento: Abordagem multinível e Desenho Universal para a Aprendizagem
- Implicações práticas para uma educação mais inclusiva
- Preparação de instrumentos e técnicas a utilizar no trabalho não presencial em sala de aula e nas escolas. (2 horas)
- Apresentação e discussão dos resultados obtidos no trabalho não presencial; reformulação dos instrumentos e técnicas e registo no portfólio reflexivo individual (2 horas)
- Construção de uma comunidade educativa inclusiva (6 horas)
- Contextos: Dos valores/princípios aos processos
- Recursos: Da organização, gestão e capacitação
- Práticas: Da sala de aula às medidas de suporte
- Revisão dos instrumentos e técnicas a utilizar no trabalho não presencial em sala de aula e nas escolas. (2 horas)
III- Conclusão e avaliação – Apresentação dos trabalhos de grupo, desenvolvidos na componente não presencial, sobre as temáticas escolhidas. Avaliação da ação pelos formandos. (3 horas).
Metodologias de Realização da Ação
Presencial (através de plataforma online)
As sessões serão desenvolvidas com base em exposição de conteúdos, debates entre os participantes e análise de situações concretas, quer propostas pelo formador, quer trazidas pelos próprios formandos. Serão, também, analisados projetos específicos que tenham na base os conteúdos teóricos trabalhados. Especificamente, a metodologia de trabalho é organizada da seguinte forma:
- Exposição teórica dos conteúdos, pretendendo-se assim desenvolver e tratar dos aspetos teóricos relacionados com a temática da ação;
- Debate sobre situações reais de reconhecida relevância pedagógica, relacionadas com as representações dos formandos;
- Envolvimento em atividades teórico-práticas tendentes à análise e elaboração de ações específicas;
- Reflexão conjunta sobre as práticas desenvolvidas na componente não presencial e estruturação da mesma.
Trabalho Autónomo
As tarefas de trabalho autónomo, relacionadas com a temática em análise, decorrerão das necessidades emergentes dos formandos (por exemplo, revisão/proposta de instrumentos de suporte, elaboração de instrumentos de monitorização, planificações de aulas/atividades, outros). As tarefas realizadas deverão corporizar um portfólio reflexivo/diário de bordo com evidência de impactos nas práticas organizacionais e pedagógicas. Os instrumentos produzidos de forma colaborativa passarão a constituir recurso das escolas de proveniência dos formandos e do CFAE, para partilha.
Critérios de Avaliação
Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais.
- A avaliação dos formandos será contínua e participada por todos os intervenientes e assentará: na participação nas dinâmicas das sessões presenciais; nas tarefas desenvolvidas e na realização de um portfólio reflexivo individual, de acordo com os critérios previamente estabelecidos;
- A avaliação dos formandos é quantitativa e expressa numa escala de 1 a 10, com a correspondente menção qualitativa, conforme referencial constante da legislação em vigor e que a seguir se explicita:
- Excelente — de 9 a 10 valores;
- Muito Bom — de 8 a 8,9 valores;
- Bom — de 6,5 a 7,9 valores;
- Regular — de 5 a 6,4 valores;
- Insuficiente — de 1 a 4,9 valores.
Destinatários
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário, de todas as Escolas e Agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães
Local
Plataforma Digital Zoom
Modalidade
Oficina de Formação
Duração
25h + 25h
Horários
- 05 de fevereiro: 19h00-21h30
- 12 de fevereiro: 19h00-21h30
- 20 de fevereiro: 09h00-13h00
- 27 de fevereiro: 09h00-13h00
- 06 de março: 09h00-13h00
- 08 de março: 19h00-21h30
- 15 de março: 19h00-21h30
- 22 de março: 19h00-22h00
Formadores
Joana Cruz
Helena Fonseca
Bibliografia
- Booth, Tony & Ainscow, Mel (2002). Index for Inclusion: Developing Learning and Participation in Schools. CSIE.
- Pereira, F. & Micaelo, M. (2013). Criar Pontes para a Inclusão. Sensos 6, Vol. III, n. 2, pp. 15-18.
- Pereira, F. et al. (2018). Para uma Educação Inclusiva – Manual de Apoio à Prática, Lisboa: Direção-Geral da Educação, Ministério da Educação.
- Roldão, Maria do Céu (2014), “Desenvolvimento do currículo e melhoria de processos e resultados”, em Joaquim Azevedo e José Matias Alves (orgs.), Melhorar a Escola – Sucesso Escolar, Disciplina, 71 Motivação, Direção de Escolas e Políticas Educativas, Porto, Universidade Católica Editora, pp.131-140.
- UNESCO. (2015). Embracing Diversity: Toolkit for creating inclusive, learning-friendly environments. Disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001375/ 137522e.pdf
Critérios de Seleção
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães que façam parte das Equipas Pedagógicas indicadas pelas respetivas Direções para frequentar esta ação como parte integrante dum projeto da escola/ agrupamento;
- Docentes das escolas e agrupamentos associados do CFAE MarcoCinfães, por ordem de inscrição;
- Docentes de escolas/ agrupamentos não associados do CFAE MarcoCinfães que desempenhem funções de avaliadores externos neste Centro;
- Docentes doutras escolas/ agrupamentos.
Data Limite de Inscrição
31 de janeiro de 2021
Número de vagas limitado